quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pela memória, com afeto.

Não tinha lasanha, mas tinha sashimi.

Novos ares! Uh la la! Como é bom cheirinho de coisa nova, de feijão fresco ficando pronto...
Opa.
Pera lá. Feijão fresco? Mas que diabos de cheiro de feijão fresco ficando pronto... Desde quando cheiro de feijão fresco me deixa feliz?

Minha realidade é outra. Não que eu não goste de feijão fresco, eu amo feijão fresco, mas o que me deixa feliz mesmo é cheiro do vaporzinho que sai da panela elétrica fazendo meu gohan... Sim, arroz japonês, papa, unidos venceremos... Aposto que você vai falar que arroz japonês tem cheiro de água. Azar o seu, pra mim tem cheiro de amor.

Aí você mistura tudo de uma vez, joga gohan com furikake, lasanha que a mamãe fez pro dia dos pais, bife à parmegiana, sopa de abobrinha, lámen da batchan e uma pitada de mingau de Cremogema fazendo casquinha pra gente se enganar que o creminho tá todo frio já. Queimei a língua mas alimentei o coração.

Em certa entrevista, Nina Horta declarou que "Vive-se até sem amor, mas não sem comer." Deus me perdoe por contrariar os (extremamente) mais sábios, mas eu descordo. Sobrevive-se até sem amor, mas não sem comer. Porque comida tem a ver com o coração, a alma sente fome também. E se não for assim, pra mim não vale a pena.

Porque eu gosto da comida com jeitinho de colo de mãe, da garfada que me faz fechar os olhos e ir pra outro planeta, da saudade que me dá da infância no clube quando sinto cheiro e barulho de pessoas fazendo churrasco. De fazer huummmm e ser chamada de Ana Maria Braga.

E como por me achar prolixa demais e as vezes até profética, acho que tudo que se é postado na internet, deve ter uma foto pra acompanhar. Afinal, estamos na era da tecnologia, faça tudo por nós, abra-te Sésamo, ler é enfadonho e cozinhar pra quê se já inventaram Hot Pocket?
Quatro meses viciada em requeijãoNão sou mineira mas sempre adorei um pão de queijo!

Então esta é a minha idéia inicial. Meu pontapé desesperado para ser certeiro, a primeira vez que testo uma receita. Eu vou ficando por aqui, esperando que cada palavrinha que aqui for lida chegue com gostinho de quero mais e com a alegria de um prato fumegante chegando à mesa.
Porque das certezas desse meu mundo, há uma que considero a mais confiável: meu estômago parece pensar demais e a minha mente tem fome de tudo. Disso aí coisa boa não pode dar.

Ou pode?
Querem pagar pra ver? Ou pra comer? Com os olhos?
E com a alma, por favor.


Bora acabar com esse post logo que as coxinhas tão se querendo pra mim.
Ah, essa é a Batchan, rainha do Lámen.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu nem preciso dizer o quanto eu torço por um começo de projeto cheio de coisas boas e deliciosas pra gente conhecer e acompanhar! toda sorte do mundo!

Thammy Burigo disse...

Adorei!!!! Vou te seguir ctz... =) Suerte pra nós!!!!

bru_caju disse...

Esse post me deu mais prazer em comer!!
Desejo muita sorte e sucesso na sua carreira deliciosa e muito prazerosa!!!

que orgulhoooooo!!!